Panfleto do Coletivo Educação Socialista sobre a greve em São Paulo
📣⚠️A BUROCRACIA DA APEOESP SABOTOU A GREVE PELA VIDA! PRECISAMOS DE UMA FORTE MOBILIZAÇÃO CONTRA A REABERTURA GENOCIDA DAS ESCOLAS!⚠️📣
A ofensiva contra a vida dos/as trabalhadores/as da educação e de seus familiares, através de uma reabertura insegura das escolas, é nacional. Sob a pressão do setor privado, governos municipais e estaduais estão fazendo um enorme esforço para iniciar o ano letivo de forma presencial ou “híbrida”. Pelas experiências feitas em outros países ao longo do ano passado, já sabemos o desastre que isso será. Se países cujos sistemas de ensino tem muito mais recursos e infraestrutura, como EUA, Portugal, França, Israel etc. não conseguiram conter um pico de contaminação e mortes por conta da reabertura das suas escolas, aqui no Brasil isso será nada menos do que um massacre!
Só podemos aceitar a reabertura das escolas brasileiras após a vacinação dos trabalhadores e trabalhadoras do setor e em uma situação em que a pandemia esteja contida. Nesse cenário, a resposta à reabertura não pode ser outra que não a greve em defesa da vida – a nossa própria vida, dos nossos familiares, alunos e da população em geral.
Em vários locais do país greves pela vida têm sido deflagradas, com graus diferentes de sucesso. Alguns fatores determinam se uma greve vai ser forte. Primeiro, a sua preparação prévia: reuniões em cada escola para debater a pauta da greve e mobilizar a categoria para participar das assembleias. Segundo, recursos à disposição da mobilização: carros de som circulando pelos bairros e panfletagens na porta das escolas e locais de grande circulação, para atrair os setores mais recuados da categoria e também ganhar o apoio da população. Terceiro, uma rede de segurança: um fundo de greve para auxiliar os mais necessitados diante de um possível corte de ponto e piquetes na porta das escolas feitos pelos trabalhadores com estabilidade, para proteger os contratados de levarem falta e perderem o emprego.
Infelizmente, quase nenhuma dessas medidas foi posta em prática pela direção da APEOESP. Com isso, a maior rede de ensino público do país, que teria o potencial de impor um revés à ofensiva nacional pela reabertura genocida das escolas, foi empurrada pela burocracia sindical a uma greve deflagrada sem nenhum preparo prévio, o que só poderia resultar em um movimento fraco, com pouca adesão. Principalmente quando cerca de 40% da categoria é composta de contratados, que perdem o emprego se levarem duas faltas.
A maior parte dos dirigentes da APEOESP está há anos afastada das escolas, vivendo às custas da contribuição sindical da categoria. Essa gente não está em risco com a reabertura, e por isso não se esforça para uma mobilização séria. Para eles, basta fingir que fizeram algo. Por isso a proposta de recuar e retornar ao trabalho entre os dias 15-19. É um passo para desmontar a greve, que eles sabotaram desde o início!
A categoria precisa responder fazendo aquilo que esses burocratas traidores não fazem: organizar reuniões nas suas escolas, mobilizar seus colegas, e organizar formas de garantir a segurança dos contratados que aderirem, sobretudo a realização de piquetes na entrada das escolas. Para isso dar certo, é necessário comparecer em peso na próxima assembleia e exigir da burocracia da APEOESP que abra seus cofres para financiar uma forte mobilização das bases e preparar um fundo de greve. É nossa vida que está em risco, não podemos permitir que Doria/Rosielli e os burocratas da direção da APEOESP que nem lembram mais como é uma sala de aula nos levem para o abate!
● Por uma greve de verdade, com mobilização das bases, fundo de greve e piquetes nas escolas!
● Sem vacinação da categoria, sem reabertura das escolas!
● Por um lockdown para conter a pandemia, com auxílio emergencial para a população que necessitar, financiado pela taxação dos lucros dos grandes empresários e banqueiros!
● Por uma articulação nacional das greves em defesa da vida! Que cada rede em greve eleja delegados/as para uma grande assembleia nacional que unifique e articule nossa luta!
Para quem quiser colaborar difundindo esse panfleto de forma virtual, segue ele em formato de imagem: