Caso Marielle Franco: Dois anos sem respostas
Panfleto que foi preparado pelo Reagrupamento Revolucionário para as manifestações em memória da companheira Marielle Franco no sábado, dia 14 de março, que marcou 2 anos de sua cruel execução. Infelizmente, em alguns locais, como no Rio de Janeiro, a organização do evento decidiu cancelá-lo diante do risco de proliferação do Corona vírus.
Dois anos sem resposta sobre os mandantes da morte de Marielle! Não nos surpreendemos, pois a mesma classe que sustenta Bolsonaro no poder é também a que controla o Poder Judiciário e as Polícias. A mesma classe que lucra sempre bilhões, apesar da miséria do povo e que vêm nos tirando direitos. Os capitalistas do agronegócio, grande indústria e acionistas dos bancos! Blindam os seus protegidos e prendem, matam e atacam ferozmente o povo. Marielle só será vingada efetivamente pela revolução dos trabalhadores, uma revolução feminina, negra e socialista. Desde já é preciso semear o máximo de desconfiança nessas instituições do Estado. Ao contrário do que alguns na esquerda fazem ao elogiar figuras ditas “democráticas” na polícia. Afinal, a polícia é a maior instituição racista do Brasil. Queremos o seu fim e a auto-organização da segurança pelos trabalhadores!
O bolsonarismo só será derrotado com ação da classe trabalhadora, corajosa, organizada e unida. A greve dos petroleiros, se somada com os caminhoneiros e com outras categorias de trabalhadores, poderia ter virado o jogo, mas foi abandonada e traída pela direção da FUP/CUT. PT e PSOL querem esperar de forma “republicana” até 2022, próximas eleições nacionais e estaduais, enquanto Witzel e Bolsonaro destroem nossas vidas. Se fossem diferentes, os governadores, prefeitos, deputados e líderes petistas e psolistas estariam agitando por uma rebelião nesse país. Motivos não faltam e os trabalhadores, informais e formais, precarizados e desempregados estão com raiva. Precisam de um grito para despertar do seu transe e apatia.
Viva Marielle e a luta do povo trabalhador! Nesse dia de lembrança à sua memória e luta, chamamos os trabalhadores para defender o fim das polícias e forças repressoras do Estado. Lutar pelo fim do desemprego e do trabalho informal e precário – as grandes empresas devem ser obrigadas a contratar com salários dignos até zerar o desemprego. Lutar pelo cancelamento das dívidas dos trabalhadores com os bancos, que ganham em cima de juros absurdos. Nossas vidas valem mais do que o lucro e a propriedade privada!