Panfleto do RR para os protestos #EleNão

DERROTAR BOLSONARO E TODOS OS CAPITALISTAS!
UNIR OS TRABALHADORES NUMA GREVE GERAL E POR UM PARTIDO REVOLUCIONÁRIO!

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A situação política no Brasil

Vivemos uma sociedade que só funciona para os ricos, acionistas de bancos, grandes empresas e agronegócio. O Estado brasileiro, na chefia das forças armadas, da polícia, e da cúpula dos três poderes, pertence e governa para eles, não para o povo trabalhador. Por isso, cortam da saúde, da educação e das áreas sociais, fazem uma “reforma trabalhista” que retira direitos, reduzem o salário mínimo e tornam a aposentadoria sonho, lotam as cadeias de negros e pobres, e deixam a polícia matar diariamente nas favelas e comunidades. Já para os grandes empresários, dão isenções de impostos, perdoam crimes e pagam as dívidas das suas empresas. São esses empresários que vão se beneficiar com as “reformas” de Temer e seus parlamentares comprados, pois não mais precisarão pagar direitos em várias modalidades de trabalho e várias garantias passarão a ser negociadas, o que significa pressão sobre nós para aceitarmos piores condições de trabalho, com medo de perdermos o emprego.

Demagogos como Bolsonaro também não passam de serviçais desses mesmos ricos e poderosos, e foram a favor dessas medidas contra o povo, mas fingem ser uma “novidade” (preconceituosa e autoritária) para tentar ganhar apoio em cima da raiva e insegurança da população. Bolsonaro e seu partido votaram junto com Temer em todos os pontos principais, e estão entre os mais fiéis ao governo golpista.

O PT e seus aliados, apesar de terem se oposto a algumas dessas medidas, fazem isso só porque estão fora do poder, de olho nas eleições. Mas nos 13 anos em que esteve no governo, o PT nunca se desassociou dos poderosos, deixando-se corromper por eles e servindo aos seus interesses, dando para o povo só umas poucas melhorias para enganar. No mandato de Lula, os bancos lucraram como nunca. No mandato de Dilma, interrompido pelo golpe de Temer, o PT já vinha fazendo muitos ataques contra o povo, cortes de verbas da educação e propondo retirada de direitos previdenciários. No atual momento crítico, as centrais sindicais pró-PT têm traído as lutas dos trabalhadores contra as reformas, como o dia de greve de 30 de junho de 2017, que foi boicotado pela CUT e CTB.

Ciro Gomes, por sua vez, está coligado com a ruralista Kátia Abreu, e quis o apoio dos partidos corruptos do chamado “Centrão”, onde há muitos Temers, Cunhas e Bolsonaros esperando uma oportunidade de ganhar um ministério. Marina Silva, que apoiou Aécio em 2014, também está a favor de boa parte das “reformas” contra os trabalhadores.  Não é tendo expectativa neles que enfrentaremos a direita e a extrema-direita com sucesso.

Qual é a saída para os trabalhadores e o povo?

Muitos acreditam que com as eleições para presidente ou para o Congresso é possível acabar com o governo Temer, deputados corruptos e com as “reformas” que tiram nossos direitos. Mas as eleições no Brasil são campanhas milionárias e com dinheiro sujo, onde grande parte do povo se abstém e há uma grande falta de opção, porque quase todos os partidos são de alguma máfia, associada aos grandes empresários. Acreditamos que políticos e juízes deveriam receber só o salário de um trabalhador comum e não ter nenhum “foro privilegiado”. Mas ao contrário do que pensam PT e PSOL, não é no terreno eleitoral, controlado por eles, que conseguiremos reverter a situação, ainda mais sem um grande partido da classe trabalhadora, que hoje não existe. Colocar esperança nesse beco sem saída só dá gás para as saídas autoritárias, como a proposta por Bolsonaro.

Precisamos é usar os meios políticos dos trabalhadores: reuniões e organização nos locais de trabalho e moradia; tomar os sindicatos das mãos dos burocratas corrompidos e acomodados; realizar protestos, piquetes e, principalmente, greves bem preparadas e construídas, para que quando lançadas sejam vitoriosas. Em defesa do nosso futuro, devemos exigir o cancelamento das “reformas” já aprovadas (a Emenda que congela os gastos públicos por 20 anos, a terceirização irrestrita, a “reforma” da CLT) e que saiam de pauta as que ainda estão em tramitação (como a “reforma” da Previdência). Proibir as demissões em massa; suspender o pagamento da dívida pública, que só serve para transferir recursos para banqueiros e especuladores; fazer uma taxação progressiva dos lucros das grandes empresas e agronegócio, das grandes fortunas e heranças, para reduzir impostos sobre a classe trabalhadora e os mais pobres; e a estatização, sob controle dos trabalhadores, dos bancos e das empresas que receberam isenções milionárias e de toda educação, saúde e transporte (serviços básicos). Assim será possível acabar com a extorsão dos trabalhadores pelos bancos e custear saúde, educação integral, moradia e transporte de qualidade, acessível a todos.

É necessária uma frente de lutas contra as medidas dos governos capitalistas, e conseguir essas reivindicações para os trabalhadores por meio de ações concretas. Mas também precisamos de um partido revolucionário dos trabalhadores, que possa defender os nossos interesses. Pois só colocando os trabalhadores no poder, acabando com esse regime de opressão dos patrões e poderosos, é a que a situação vai mudar de verdade, em benefício da maioria.

Se você concorda com essas ideias, venha conversar e se organizar com o Reagrupamento Revolucionário!
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