Sobre Marxismo e Feminismo
O seguinte artigo foi originalmente publicado pelo Reagrupamento Revolucionário em março de 2009, com o título Sobre Feminismo e “Feminismo”. Sua tradução para o português foi realizada por Marcio Torres e Icaro Kaleb em julho de 2011.
Introdução
Esse mês, enquanto adicionávamos materiais sobre opressão às mulheres na seção de Documentos Históricos de nosso site, vimos necessidade de escrever uma introdução para clarificar a confusão com a qual leitores desse tipo de artigo costumam se deparar no que diz respeito às críticas que eles contêm ao “feminismo”. Tais artigos não foram escritos por nós, mas pela Liga Espartaquista [SL/EUA] e pela Tendência Bolchevique Internacional [TBI] no tempo em que tais organizações, mesmo possuindo falhas, eram capazes de auxiliar no avanço do programa marxista. Enquanto os artigos como um todo defendem uma visão revolucionária sobre a opressão às mulheres, hoje em dia nós os teríamos escrito de forma diferente, ao menos quanto ao problema em questão.
Os artigos (e os grupos que os escreveram) visaram defender a causa da libertação feminina, apesar de muita confusão ter sido, e ainda ser, desnecessariamente causada pela rígida insistência deles em definir o feminismo de uma maneira que é diferente daquela da maior parte dos leitores de esquerda. Enquanto a maior parte das pessoas define feminismo como a simples afirmação da igualdade entre os sexos, sem necessariamente ligar a isso um programa mais elaborado ou uma análise de como atingir tal situação (“a teoria da igualdade política, econômica e social entre os sexos”, como descrito pelo Dicionário Online Merriam Webster), os artigos rigidamente insistiram que o termo designa um programa específico e uma teoria contraposta à luta pelo socialismo. Um artigo escrito por um militante da TBI em 1997, abordando a questão de forma estabanada, afirma:
“Feminismo e socialismo são coisas diferentes. Feminismo não pode ser simplesmente resumido à luta pelos direitos das mulheres. Ele invoca a ideologia nociva de que mulheres de classes diferentes podem lutar contra a opressão a partir de uma base comum – e, portanto, automaticamente confina a luta aos limites do capitalismo.”
Censura Sexual e Direitos Femininos
Boletim Marxista 4, outubro de 1997
Tradição marxista
Historicamente o movimento marxista desenvolveu o uso de uma terminologia extremamente específica para suas elaborações teóricas, mas que nem sempre esteve em sincronia com o desenvolvimento geral do resto da sociedade e seu entendimento acerca de tais termos. Mas, na busca por avançar (e desenvolver) as concepções e entendimentos políticos daqueles que vieram antes, cada geração de revolucionários é frequentemente forçada a adaptar suas convenções terminológicas (mantendo o sentido original subjacente), por necessidade de se dirigir a audiências contemporâneas mais largas, e com o propósito de se manter atualizado com as concepções populares por detrás de tais termos.
Nos EUA, marxistas frequentemente se deparam com confusões envolvendo as diferenças entre os termos “socialista” e “comunista” quando falando com grandes públicos. Apesar de trotskistas normalmente usarem tais termos de maneira alternada, enquanto sinônimos, a confusão tende a surgir do fato de existir um vago entendimento entre os leitores de que, em certos contextos, “Socialista” (especialmente com S maiúsculo) indica um reformista socialdemocrata, enquanto “Comunista” (especialmente com C maiúsculo) indica um stalinista.
Marx e Engels foram confrontados por um dilema semelhante, antes mesmo da ascensão do reformismo socialdemocrata e do stalinismo contemporâneos. Em sua introdução de 1890 à edição alemã do Manifesto Comunista, Engels comentou:
“Já em 1887 o socialismo continental era quase exclusivamente a teoria proclamada no Manifesto. Assim, até certo ponto, a história do Manifesto reflete a história do movimento operário moderno desde 1848. Atualmente, é sem dúvida o de maior circulação, o mais internacional produto de toda a literatura socialista, o programa comum de muitos milhões de trabalhadores de todos os países, da Sibéria à Califórnia.”
“Contudo, quando ele apareceu, não podíamos chamá-lo um manifesto socialista. Em 1847, dois tipos de pessoas eram considerados socialistas. De um lado estavam os adeptos de vários sistemas utópicos, notadamente os seguidores de Owen na Inglaterra e de Fourier na França, ambos os quais já haviam, à época, minguado a meras seitas, morrendo gradualmente. Já do outro lado, os mais variados charlatães sociais, que com as suas diversas panaceias e com toda a espécie de remendos queriam eliminar os males sociais sem ferir o capital e o lucro. Em ambos os casos: pessoas que estavam fora do movimento operário e que, ao invés, procuravam apoio junto das classes ‘cultas’. Em contrapartida, aquela parte dos operários que estava convencida da insuficiência de meras revoluções políticas, [e] exigia uma reconfiguração profunda da sociedade, essa parte chamava-se então comunista. Era um comunismo mal formado, instintivo, por vezes grosseiro; mas ainda assim era suficientemente poderoso para engendrar dois sistemas do comunismo utópico, na França o “icário” de Cabet, na Alemanha aquele de Weitling. Em 1847, socialismo significava um movimento burguês, comunismo um movimento operário. O socialismo, pelo menos no Continente, era algo respeitável, já o comunismo era precisamente o contrário. E como já nessa altura éramos muito decididamente da opinião de que ‘a emancipação dos operários tem de ser obra da própria classe operária’ [citado das Regras Gerais da Internacional], nem por um instante podíamos estar na dúvida sobre qual dos dois nomes escolher. E desde então nunca nos passou pela cabeça rejeitá-lo.”
Nas notas de rodapé de 1922 daquela que é tida por muitos como a edição definitiva do Manifesto Comunista, D. Ryazanoff também discutiu a evolução histórica de muito da terminologia utilizada nos escritos de Marx e Engels, por exemplo:
“’Proletário’ agora significa aquele cujo único meio de sobrevivência é a venda da sua força de trabalho. Seu significado original, na forma latina proletarius, significava aquele cujo único bem eram seus descendentes, sua cria (prole) (…) Há pouco em comum entre esses proletários romanos e os proletários europeus sem-terra e sem-teto de nossos próprios dias, salvo apenas o nome (…). A palavra proletariado para descrever a classe dos assalariados não entrou em uso corrente até a primeira metade do século dezenove (…).”
Está claro que a principal preocupação de Marx e Engels era ter suas idéias entendidas corretamente pelos outros. Compreendendo que eles não poderiam arbitrariamente ditar a mudança no entendimento popular das palavras, eles não estavam inclinados (exceto às vezes em seus escritos mais estritamente científicos e teóricos, nos quais a precisão exata era necessária para clarificação) a teimosamente se dedicar a argumentações infrutíferas sobre definições ou significados inéditos se não fosse necessário à transmissão de suas idéias.
Em um âmbito um pouco diferente, quando membros negros do Partido dos Trabalhadores Socialistas (SWP dos Estados Unidos) nos anos 1940 protestaram contra o uso da palavra “niggardly” [avarento] na literatura do partido, ao invés de se apegar teimosamente ao dicionário e insistir que, formalmente, a palavra não possuia nenhuma relação com o epíteto racial [“nigga”, algo como o termo pejorativo “crioulo”], o movimento trotskista abandonou o uso da palavra para não causar nenhum tipo de desentendimento ou confusão desnecessários.
As Origens e Consequências do anti-“feminismo”
Um antigo texto espartaquista que postamos previamente argumenta:
“O existente movimento pela libertação feminina, tanto o liberal quanto o radical, tende a ver o sexo como a básica ‘divisão de classe’ na sociedade. Esse baixo nível de desenvolvimento teórico significa uma oportunidade para os marxistas intervirem com uma linha classista. Porém, nós tornaremos nossa intervenção inútil se nos apegarmos a uma análise muito simplificada de que a única forma de opressão é a opressão de classe, e confinarmos nosso interesse à super-exploração econômica das mulheres trabalhadoras.”
“A questão de classe é o ponto decisivo na sociedade de classes. Porém, outros tipos de opressão também existem – por exemplo, opressão racial, opressão nacional, opressão contra a mulher. Negar que os revolucionários marxistas não devem dar atenção a essas questões é sectarismo e flagrantemente anti-leninista. É vital que os revolucionários participem dessas lutas. A base dessa participação deve ser a compreensão de que a questão de classe é decisiva e, portanto, qualquer movimento que falhe em identificar-se com a luta da classe trabalhadora contra a classe capitalista está fadado a ser tomado por utopias, excentricidade, ilusões liberais e – em última instância – irrelevância.”
A Luta Pela Libertação das Mulheres (1969)
Enquanto apresentando essa compreensão política correta, o artigo em questão não possui nenhum ataque ou mesmo menção ao “feminismo”. A explicação para a subsequente mudança na política quanto a isso é apresentada em uma das primeiras edições de “Woman and Revolution” [periódico da Liga Espartaquista voltado para questões da luta das mulheres trabalhadoras]:
“A defesa do SWP-YSA [Socialist Workers Party – Young Socialist Alliance] contra as tentativas das feministas de atacá-los têm sido fracas. Eles tentam minimizar suas diferenças políticas com as feministas alegando serem feministas e socialistas. Feminista foi certa vez o termo que socialistas utilizaram para descrever mulheres que lutavam por sua libertação. Mas, por um período de 50 anos, o termo passou a designar aqueles para quem a divisão fundamental na sociedade é entre homens e mulheres, e que lutam pela supremacia das mulheres (…)”
“As visões socialista e feminista são claramente contrapostas. Assim como Lenin, que certa vez reivindicou orgulhosamente ser um Socialdemocrata se desagradaria de ser chamado assim após as traições da ‘Socialdemocracia’, também Clara Zetkin não se reivindicaria uma feminista hoje em dia.”
SWP-YSA ENTRA EM CENA, mesmos truques, novo território
Woman and Revolution 2, setembro/outubro de 1972
O líder espartaquista Jim Robertson reafirmou essa explicação alguns anos depois, em um discurso feito em 27 de agosto de 1974 sobre James P. Cannon:
“Aliás, Rose [Krasner, companheira de Cannon] era uma militante socialista feminista dos anos 1910 e 1920. ‘Feminista’ significava outra coisa naquela época – além de outros significados, que casamento era uma abominação: significava se ajoelhar e colocar correntes ante um homem e o Estado.”
“James P. Cannon”
Reimpresso em Spartacist, inverno de 1986
Se, teoricamente, à época o significado popular de “feminismo” realmente estivesse caminhando na direção alegada (e no momento não estamos convencidos de que estava), então a mudança de atitude teria feito sentido. Mas deixando de lado essa questão de análise histórica, é bem claro que hoje em dia o equivalente a gritar “Abaixo o feminismo!” é obviamente uma abordagem pobre, tido que a Liga Espartaquista e a Tenência Bolchevique Internacional estão usando uma dada definição de “feminismo”, e a maior parte da esquerda e da população vêem a palavra com um significado (mais geral e vago) diferente. Em vez de esclarecer, tal abordagem apenas gera ruído e deixa tais grupos abertos a suspeitas desnecessárias de que eles talvez sejam hostis ou indiferentes à libertação das mulheres (em alguns aspectos, similar à reação de muitos militantes negros do SWP ao uso da palavra “niggardly”), quando eles estão, na verdade, argumentando que a mesma só pode ser atingida em uma sociedade socialista.
Algumas vezes isso foi também desorientador para os próprios grupos em questão, tanto em sua compreensão histórica quanto em sua compreensão da realidade contemporânea. Assim, um panfleto (que no restante está correto) que postamos anteriormente da Tendência Bolchevique [predecessora da TBI] argumenta:
“Quer se apresente sobre o nome de feminismo ou ‘feminismo socialista’, a lógica dessa análise é guerra dos sexos tão certamente quanto a lógica do marxismo é guerra de classes.”
Chega de Cabides de Arame! (sem data, final dos anos 1980)
A não ser por uma minoria localizada nos extremos, a maioria das pessoas que se consideram “feministas” (e muito menos pessoas que se consideram “feministas socialistas”) não defendiam no passado e não defendem hoje a “guerra dos sexos”. Um antigo artigo histórico de Woman and Revolution notou que:
“Contrariamente a uma opinião ainda restrita a certos círculos, o feminismo moderno não nasceu inteiramente do fértil útero da Nova Esquerda, mas é de fato uma cria ideológica do igualitarismo utópico do início do século vinte, que por sua vez era fruto da revolução democrática da burguesia.”
“Feminismo vs. Marxismo: Origens do Conflito”
W&R número 5, outono de 1974
Verdade, porém os marxistas não renunciam alguns dos ainda progressivos ideais do Iluminismo, mas defendem que sua realização para a maioria da raça humana pode se dar apenas através da extinção da sociedade de classes. Assim, ao mesmo tempo em que não nos referimos a nós mesmos enquanto democratas, humanistas ou feministas, não denunciamos a democracia, o humanismo ou o “feminismo”. Ao invés disso, nos opomos à democracia burguesa, ao humanismo liberal, ao feminismo liberal e a todas as ideologias de aliança de classe, separatistas e setorialistas em geral.
No mesmo sentido, Leon Trotsky ficou bastante nervoso por seu livro Terrorismo e Comunismo ter recebido o título Ditadura versus Democracia na tradução em inglês, uma vez que isso poderia levar apenas à confusão entre vários leitores e distorceu a relação entre socialismo e democracia.
Indiferença Sectária
Tal crescente indiferença quanto a ser claramente entendido é geralmente um sinal de que um grupo está se transformando em uma seita despolitizada, dominada por uma liderança geriátrica e crescentemente longe do contato com a realidade política e social contemporânea. Tendo ficado muito limitados ao computador e à mesa de escritório ao longo de muitos anos de suas vidas políticas, se dedicando a questões internas de administração e trabalhando com literatura política, tais “líderes” permanentes têm poucos escrúpulos em mandar seus militantes de base mundo afora para fazerem papel de tolos em eventos políticos ao defenderem formulações estúpidas. A passividade dos militantes de base frente a tal realidade pode ser reflexo de insegurança, medo, indiferença política, e, para aqueles dedicados à adoração de sua liderança, uma genuína ausência de pensamento para com tal forma esclerótica de agir.
Em contraste com tais práticas, ao escrever sobre a necessidade de se diferenciar a posição marxista da stalinista na defesa da URSS, Trotsky comentou:
“Para que essas duas variantes de ‘defesa da URSS’ não se tornem confusas na consciência das massas é necessário saber de forma clara e precisa como formular palavras de ordem que correspondam à situação concreta.”
Em Defesa do Marxismo (1942)
Em seus melhores períodos, a SL e a TBI demonstraram uma atitude semelhante, ao menos em relação a outras questões. Em uma discussão sobre “Formalismo Sectário”, uma publicação da TBI afirmou:
“Por exemplo, nós acreditamos que a palavra de ordem ‘Libertem todos os presos políticos!’ é uma formulação muito ruim. Nós não queremos que bandidos fascistas ou assassinos em massa de campos de concentração sejam libertados. Mas seria tolo nos excluirmos de uma campanha que lute ostensivamente para ‘Libertar todos os presos políticos!’. Acontece que frequentemente o verdadeiro significado da campanha é, de fato, para libertar as vítimas do capitalismo. Nós desejaríamos aderir a uma campanha assim, ao mesmo tempo em que deixaríamos claras as nossas criticas quanto a inadequação dessa palavra de ordem. Nós racharíamos, é claro, se a campanha de fato tentasse mobilizar esforços para libertar Rudolph Hess [membro do alto escalão do Partido Nazista durante os primeiros anos do regime]. É uma questão de qual é o verdadeiro conteúdo do bloco de ação.”
Construindo o Partido Revolucionário e Táticas de Frente Única (1992)
Semelhante apreciação do “verdadeiro conteúdo” do que o “feminismo” significa para a maioria das pessoas parece ser necessária. A posição da TBI, que foi herdada de forma acrítica da SL, se encaixa muito bem na definição de “formalismo sectário”.
Em um discurso proferido em 11 de novembro de 1972, o líder espartaquista Jim Robertson explicou parte da motivação pro detrás de se levantar a palavra de ordem “Por um governo dos trabalhadores!” enquanto algo popular:
“Nós lutamos por um governo dos trabalhadores, nos sindicatos, nas fábricas, e em nossa educação e abordagem a estudantes com a concepção do poder proletário. A ditadura do proletariado é uma formulação que sofre de alguns problemas. Um entendimento popular da ditadura do proletariado é que os trabalhadores serão colocados em campos de concentração, vocês sabem, como na Rússia. Se você fala de algum tipo de socialismo, você se depara com a imagem da alegre Suécia mantendo seus altos indicies de alcoolismo e suicídios, se mantendo vitoriosamente fora de duas guerras mundiais. [Risos] Mas o que deveria ficar claro em todos os sentidos, sobre todos os tipos de questões, é que os trabalhadores precisam de um governo próprio (…)”
“Uma Conversa sobre a Questão do Partido Trabalhista”
Boletim Comunista Jovem, número 3
De forma semelhante, comentando no mesmo discurso sobre as razões por detrás da reformulação da tradicional defesa trotskista de um “Partido Trabalhista” nos Estados Unidos para a de um “Partido dos Trabalhadores”:
“Se alguém fala sobre um movimento trabalhista ou um Partido Trabalhista agora – há uma boa razão para entender isso no significado mais incrustado, aristocrático, racista, chauvinista ao estilo George Meany [líder sindical norte-americano, conservador e de grande projeção nacional entre os anos 1950 e 1980]. Isso é extremamente importante, e uma das razões para a palavra de ordem ‘Abaixo os burocratas! Por um Partido dos Trabalhadores.’ Não há nenhuma diferença de concepção entre um ‘Partido dos Trabalhadores baseado nos sindicatos’ e um ‘Partido Trabalhista baseado nos sindicatos’, exceto que a terminologia projeta uma concepção um pouco diferente.”
Se os revolucionários justamente não querem confundir as pessoas por projetarem-se incorretamente como defensores da criação de um Partido Trabalhista Britânico para os trabalhadores dos Estados Unidos, também estamos preocupados em não confundir as pessoas projetando-nos incorretamente como socialistas ao estilo Archie Bunker [personagem fictício do seriado dos anos 1970 “Tudo em Família” – extremamente reacionário e conservador] que são hostis à libertação da mulher.
O Reagrupamento Revolucionário se mantém firme quanto ao conteúdo dos documentos postados e continuará a postar sobre essa questão na seção Documentos Históricos do nosso site. Nós nos distanciamos de uma política falha, não estamos alterando o programa ou princípios fundamentais sobre a opressão às mulheres. Esta é uma mudança necessária na política, no entanto. Vamos no futuro criticar correntes políticas feministas específicas, ao contrário de denunciar o termo como tal.
De forma mais abrangente, como apontamos em nossa introdução aos Documentos Históricos como um todo:
“Enquanto buscamos dar continuidade ao trabalho e construir sobre as contribuições daqueles que vieram antes de nós, não defendemos dogmaticamente os erros do passado que possivelmente foram cometidos de forma inevitável. Portanto, nossa postagem desses documentos reflete uma concordância geral, e não uma adesão acrítica a cada argumento ou formulação secundária.”
30 de março de 2009